Al Berto: o Incêndio na Tradução
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Anteprima del libro
Al Berto - Giorgio Buonsante
Toru
INTRODUÇÃO
Essa dissertação não quer ter objetivos altos, altíssimos e incríveis; tudo o contrário!
Quer simplesmente ser uma tradução, que – em fim das contas – não é nada simples.
Se esse fôsse o lugar adequada à honestidade, eu diria que, nesses últimos três anos – a pesar dalguns casos pouco comuns relativamente à minha experiência –, fui quase costantemente obrigado a traduzir um qualquer tipo de texto respeitando um certa suscetibilidade
do requerente e sufocando o meu espírito crítico.
Agora, graças álgumas pessoas, eu – que como qualquer outro estudante precisava de indicações claras e não de proibições dogmãticas – tinha de ser guiado, claro, para eu me tornar num tradutor
, para poder ser o que seria como o seria eu, mas não sempre se tratou de inocentes conselhos.
Sei perfeitamente que pode parecer bastante estranho ler estas coisas num documento sério e oficial como este, mas isso queria: ter os instrumentos para criar a minha marca
, a minha assinatura, o meu legado.
E... quais serão todas estas coisas? Nada mais que os meus sentimentos: mesmoo como dizem Susan Bassnett e André Lefevere, antes de sermos ( sim, sermos, mas só para que a frase não fique demais aborrecida e cheia de subordinadas ) tradutores, somos leitores e, antes de sermos leitores, somos pessoas, seres humanos que sentem, partilham ou guardam emoções, pensamentos e reflexões.
Por essa razão – graças ao meu professor orientador -, eu tive a oportunidade de explorar essa dimensão tentando ( e, provavelmente, não tendo êxito... no melhor dos casos ) cristalizá-la numa tradução.
Conforme com o que dizem as firmas mais importante dos estudos tradutologicos, uma tradução é mesmo isso: uma cristlização-trasnferência-partilha de sentimentos sentidos
por uma pessoa, naquele momento, a causa dalgumas palavras, num contexto irrepetível – todas circumastancias, todos fatores que influenciam o resultado das escolhas no ato de traduzir.
Eu só queria sentir todo isso, mergulhar-me nesse eflúvio humano e afogar no céu da tradução.
Obrigado pela oportunidade e pelo oxigénio.
Boa leitura!
O que é um Romance?
Um romance é aquilo que o autor quiser que seja. O Herberto Helder tem razão quando diz que está tudo misturado: não se sabe quando é que a poesia não dá origem a um romance, quando é que um ensaio não é um romance, quando é que no interior de um ensaio não aparece um poema… Não vejo por que é que essas coisas hão-de ser catalogadas. Há páginas de grandes romances que são grandes páginas de poesia. Bom, mas isto é mais um pressentimento que uma certeza, que o início de uma teoria… É uma interrogação. O meu problema é que sempre li mais prosa que poesia. Na verdade, a poesia aborrece-me mais. Não é bem isso… é no sentido de que ocupa um espaço muito menor nas minhas leituras. A poesia é assim: abro um livro, leio este poema, leio aquele, depois arrumo, um dia volto…
Al Berto, in Entrevista à revista Ler (1989)
CAPÍTULO 1 - RASGOS DE ALBERTO RAPOSO PIDWELL TAVARES
I.I O QUE DISSERAM ALBERTO E OUTROS:
A BIOHOMILIA
DE AL BERTO
Alberto Raposo Pidwell Tavares nasce em 11 de janeiro de 1948¹¹ em Coimbra, mas poderiamos dizer que quase não mora aqui; de fato, vai bastante cedo para Sines onde vive grande parte da sua vida. Em 1965, a sua família – pertencente à alta burguesia inglesa –
o envia para Lisboa para que estude pintura. Frequenta a Escola Secundária Artística António Arroio e o Curso de Formação Artística na Sociedade Nacional de Belas Artes.
Em abril de 1967 – durante o períodio salazarista –, Al Berto, rapaz de dezanove anos refratário militar, expatria-se para a Belgíca ( Bruxelas, para sermos mais precisos )
e matricula-se num curso de pintura na École Nationale Supérieure d´Architecture et des Arts Visuels. Em realidade, bastante cedo – como nos refere Eduardo Pitta -, Al Berto manda às urtigas
os seus estudos, patente pretexto ( muito comum aos jovens daquele tempo) para deixar o país. É nesse período que Alberto Pidwell Tavares se dedica quase exclusivamente à escrita.
O ex-artista começa as suas deambulações pela noite européia
,²² assim frequenta os ambientes marginais e underground de qualquer tipo em Bruxelas, Barcelona e Paris.
Esse andarilhismo
, e tudo o que isso comporta, será tema central das suas primeiras obras: abuso de drogas, noitadas rock and roll, homoafetividade, sexo efêmero; todos temas da sua juventude na que descobria e se descobria nos irrquietos anos '60 e '70. Nesse período, Alberto